terça-feira, 30 de julho de 2013

Médicos do século XVIII culpam o chocolate por histeria feminina


Afeição das mulheres pelo chocolate era considerada histeria em séculos passado
 Divulgação

Afeição das mulheres pelo chocolate era considerada histeria em séculos passado

Para médicos do século XVIII, comer muito chocolate foi considerada a causa de uma onda de histeria que atingiu as mulheres, informou o jornal Daily Mail.
A National Autonomous 
University
 do México concluiu que as pessoas acreditavam que o doce era o responsável por deixar as mulheres histéricas. Os especialistas daquela época diziam que o chocolate era um dos sintomas das damas terem "uma vida dedicada a ociosidade" e que trazia muitos malefícios, como a instabilidade emocional feminina, afirmou o Dr. Mauricio Sanchez Menchero e a Dra. Teresa Ordorika, responsáveis pelo estudo.

No século XVIII, o chocolate era consumido quente ou frio tanto para o lazer quanto para fins medicinais.

Um artigo de um médico do século XVIII, Dr. Josi Ignacio Bartolache, documentou os efeitos que eles acreditavam que o chocolate tinha. Segundo ele, especialmente as freiras, que tinham mais dinheiro e consumiam grandes quantidades do doce, experimentavam com maior frequência os supostos ataques de histeria.

Ele escreveu que, por causa disso, foi proibido o consumo do chocolate nos aposentos e as religiosas só podiam comer quando estivessem em grupos. Depois da restrição, o consumo do doce caiu, mas os efeitos não foram os esperados, mas foi observado justamente o contrário, que os supostos ataques aumentaram. "Foi a redução do consumo desta substância afrodisíaca a responsável pelos ataques histéricos que supostamente as afligiam?", questina a professora Ordorika.

Os estudiosos afirmam ainda que o estudo da histeria sempre foi um tema polêmico na medicina e em outras frentes de estudo e que, muitas vezes, foi usada durante séculos para justificar a inferioridade feminina. E, o chocolate, foi mais um artigo que aumentou estas teorias.

"A representação da histeria foi uma declaração moral da fragilidade do corpo feminino e da instabilidade da mente, emoções e das atitudes das mulheres. E, neste caso particular, estas quedas e demonstrações de instabilidade se tornavam públicas na imensa afeição pelo chocolate, hábito que iria levar muitas delas a problemas de saúde. Assim, as mulheres que já recebiam muitos regulamentos, passaram a ter justificativas médicas para a redução de alguns privilégios, como o consumo do doce", afirma a estudiosa.

Postado por: MAYARA FERNANDES

Fonte: SAÚDE.TERRA.COM.BR

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