sexta-feira, 10 de abril de 2015

Itaperuna - RJ é considerada Polo de Confecções e produz para todo Brasil

São mais de 300 confecções no município que atraem clientes devido aos preços baixos

wear ou roupas para bebês, para festas e também para o a dia-a-dia. Em Itaperuna, na região Noroeste Fluminense, concentram-se mais de 300 confecções que produzem essas e muitas outras peças para serem revendidas em todo o país.

Itaperuna é considerada um “polo de moda” e grande parte das confecções existe há mais de 20 anos. Essas confecções estão concentradas na Rua José Rafael Vieira, ao lado da Rodoviária, e nos distritos de Boa Ventura e Raposo. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro (Sincronerj), Márcio Rogério Maia, esse é o setor que gera mais empregos formais e informais na região. “O nosso segmento conseguiu superar a construção civil, o que já foi bem forte no município. A crise econômica do país também não nos atingiu com tanta força, o que é uma vitória”, disse.

Márcio explicou que “sacoleiras” do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo promovem excursões quinzenais e mensais para o município, onde encontram produtos de qualidade e, muitas vezes, com preços abaixo do mercado. Mas as confecções também fornecem mercadorias para os atacadistas de outros estados - via transportadora - e, recentemente algumas começaram a trabalhar com exportação.

Uma das primeiras confecções de Itaperuna que continua em atividade é a Melodin, criada em 1982 pelo ex-caminhoneiro e hoje empresário, Elói Augusto Pereira, de 68 anos. Ele começou no ramo com o auxílio da sogra, que costurava peças de moda íntima. O negócio deu certo e Elói investiu na compra de máquinas de tecelagem e estamparia, mas que hoje foram desativadas porque “não compensam financeiramente”, segundo empresário.

Com o aquecimento do mercado, Elói precisou mudar o foco: há cerca de dez anos a Melodin deixou de ser uma confecção de pijamas e camisolas e se transformou em uma referência de moda feminina. A filha do empresário, Michele Pereira, é estilista e viaja duas vezes por ano para o exterior em busca de referências. É ela quem desenha as peças que são revendidas para grifes como Maria Filó. Atualmente, vinte costureiras trabalham na confecção e produzem mais de quinze mil peças por mês.

Outras confecções, como a Betinho, de Raposo, não desistiram da moda íntima. A fábrica, que tem loja no Centro de Itaperuna e em Guarapari, no Espírito Santo, confecciona baby dolls, camisolas, pijamas adulto e infantil e pantufas há 25 anos e, de acordo com a gerente, Solange Coutinho, o lucro ainda é alto.

Quésia, proprietária da Quésia Confecções, se especializou em cama, mesa e banho. Ela está no ramo há vinte anos e produz colchas, cortinas, jogos de cozinha e banheiro e objetos de decoração em tecido. “Vem sacoleira de tudo quanto é lugar comprar as mercadorias que nós confeccionamos. Como os produtos são artesanais, quem compra com a gente, compra algo único, que só encontra aqui”, disse.

A Kadoshi Bolsas existe há apenas cinco anos, mas é a primeira de Itaperuna a produzir bolsas, malas, mochilas, nécessaires, porta-moedas e estojos. Os preços são surpreendentes: uma bolsa pode custar apenas R$ 10 e uma mala grande menos de R$ 30.

As confecções de moda fitness também estão crescendo no município. Uma delas, a Veste Bem, já abriu lojas no Centro de Itaperuna, Campos e Macaé em apenas dois anos. “Nós vendemos no varejo e também no atacado, com 20% de desconto acima de dez peças. Como as peças são próprias, conseguimos fazer um preço e atrair muitos clientes”, destacou a vendedora, Valesca Teixeira.

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